OBJETIVO GERAL: acompanhar de forma sitematizada as ações desenvolvidas e planejadas em prol dos alunos matriculados nas 20 escolas que integram a Use 16.
PLANTÃO PEDAGÓGICO
JUSTIFICATIVA
Compreender o professor como sujeito do processo de formação implica,
antes de tudo, compreendê-lo como uma pessoa que ensina. Nóvoa (1992, p.7)
resume bem esta questão quando afirma que não é possível separar o “eu” pessoal
do “eu” profissional. Assim, ao pensarmos na formação do professor, não podemos
desconsiderar a importância de sua experiência e nem de sua identidade pessoal
na construção do saber docente.
A formação não se constrói por
acumulação (de cursos de conhecimento ou de técnicas), mas sim através de um
trabalho de reflexibilidade crítica sobre as práticas e de (re)construção
permanente de uma identidade pessoal. Por isso, é tão importante investir na
pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência (NÓVOA, 1992, p.25).
Pensar na
importância da dimensão pessoal num processo de informação implica também
entender a construção recíproca da consciência individual e do ambiente
coletivo, ou seja, entender a escola como locus fundamental no desenvolvimento
pessoal e profissional de seus professores. Nesse contexto, o professor poderá
desenvolver-se, enriquecendo-se de experiências significativas.
Talvez
pudesse falar desse processo como uma identidade que se constrói. Como salienta
Nóvoa (1995), a construção da identidade profissional implica um triplo A:
adesão a princípios e valores, ou seja, a adoção de um projeto que envolve
princípios e crenças sobre a educação das crianças, ação do sujeito, o que
envolve escolhas e decisões no domínio pessoal e profissional; e, ainda,
autoconsciência, porque essas decisões devem se afundar no processo de reflexão
que o professor realiza sobre sua própria ação.
Dessa
forma, defender a ideia de uma formação centrada na pessoa do professor,
implica em favorecer espaços de interação entre as dimensões pessoais e
profissionais, permitindo a ele apropriar-se dos seus processos de formação e
dar-lhes um sentido, no quadro de sua história de vida (NÓVOA,1992).
Criar
espaços para reflexão proporciona ao professor (re)construir seu conhecimento.
Tardif (2002) salienta que o professor é um sujeito que assume sua prática a
partir dos significados que ele mesmo lhe dá, um sujeito que possui
conhecimentos e um saber fazer provenientes de sua própria atividade e a partir
dos quais ele a estrutura e a orienta (p.15). Essa reflexão nos remete a uma
característica básica num processo de formação de professores: que o professor
possa ver-se e possa ser visto como pessoa.
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